sábado, outubro 15, 2005

Já passaram 3 anos...

Já passaram três anos...
Mas a dor da tua ausência perdura na nossa alma.
Apenas boas recordações permanecem intactas ao tempo e à saudade, cada uma servindo de lição às vidas que semeaste e ajudaste a criar.
Não deixo de pensar como seria se ainda estivesses entre nós...
O valor que damos à vida não chega para, por vezes, a colocarmos acima de tudo.
Os exemplos, que nos deveriam ensinar qualquer coisa, por vezes são insuficientes, prevalecendo a teimosia e o pensamento de que o mal só acontece aos outros...
Lembro-me de sentir a impotência total quando recebi a notícia há 3 anos. Lembro-me que nos 300Km que fiz antes de constatar a cruel verdade, todos os momentos contigo me passaram diante dos olhos inundados e raiados de vermelho. Uma dor que desejo nunca mais sentir...
Não consigo deixar de me sentir incompleto... Não consigo deixar de pensar no que ainda nos poderias ensinar... Não consigo falar destas coisas com ninguém, pois aperta-se-me a garganta cada vez que o tento fazer...
Aproveito estas alturas para desabafar e dizer o que me vai na alma pois sei que chegarão a ti, mesmo sendo um monólogo.
Não consegui fazer-te uma visita hoje, mas fá-la-ei amanhã. Entretanto presto a minha homenagem ao grande Homem, Pai, Marido e Amigo que sempre foste, e serás.

Saudades
Fausto

2 comentários:

Susana Vasconcelos disse...

Pois é, maninho, continua a ser muito difícil falar sobre aquele dia que mudou para sempre as nossas vidas e sobre o quanto o papá nos faz falta. Era tão bom que estivesse connosco... Temos é que usar esta perda tão grande para darmos a devida importância às nossas vidas e aproveitarmos ao máximo o tempo que temos com as pessoas que amamos. E pôr para trás das costas os problemas insignificantes do dia-a-dia. Temos que ser felizes! O papá fica contente se o fizermos.
Beijinhos grandes e um abraço forte da mana que te ama muito,
Susana

CARMO disse...

Infelizmente para morrer basta andar vivo... e temos de aprender a viver com essa realidade por muito que nos custe. Nem quero pensar quando chegar a minha vez... mas é certo que vai chegar. Devíamos ser como alguns povos que festejam a morte... pelo menos seria mais fácil lidar com a dor. Não deve haver nada que dê maior prazer a um Pai, que verificar que conseguiu preparar bem os filhos para os confrontos da vida. E é isso que tens de lhe mostrar... por muito que te custe, e mesmo sem te conhecer, tenho a certeza que te estás a sair bem! Um abraço,
Sérgio