quinta-feira, março 03, 2005

52 Graus...


Marrocos - Deserto do Erg-Chebi.
Foi realmente a máxima temperatura experimentada neste paradisíaco local.

Fui a primeira vez a Marrocos em Agosto de 1993. Fiquei deslumbrado com as cores, os cheiros, o clima. Fiquei fascinado com as paisagens que mudavam constantemente ao longo dos 4000Km percorridos, as pessoas, as diferentes raças, culturas e costumes. Fiquei perplexo com os cenários de sonho qual Lawrence da Arábia. Fiquei apaixonado por toda uma cultura árabe que marcou a Península Ibérica, e que estava ali, diante dos meus olhos, debaixo dos meus pés, em todo o seu esplendor. Fiquei cliente.
Marrocos não é nada do que se diz. É certo que há pobreza, condições precárias e por vezes falta de higiene. Mas não há roubos nem raptos. Os Marroquinos são um povo pacífico e hospitaleiro, muito hospitaleiro. É preciso saber lidar com eles, ser educado, respeitar a sua religião, e, fundamentalmente, saber falar francês.
Depois da primeira vez, e passados 7 anos, voltei a Marrocos. Nada mudou. Estava quase intacto. A pérola que vislumbrei 7 anos atrás, estava ali, mais brilhante que nunca.
Mais uma ou outra edificação, as estradas em melhor estado, mas o resto era igual. Mais uma vez extasiei. Comecei a pensar que me sentia realmente bem em Marrocos. Não era só por estar em período de férias, era mesmo diferente. Voltei lá por mais duas vezes, em 2002 e 2004, sempre em Agosto. O calor é intenso, nessa altura, mas é suportável, não é “pesado” como o nosso calor de Verão. Já devo andar perto dos 9000Km só em Marrocos, e ainda não fui a todos os locais que queria ir. Estou a ponderar ir novamente este ano (2005), mas não depende só de mim.
Vejo, em Marrocos, o meu ponto zen. Os estados de descontracção, relaxamento, satisfação são tão grandes que desejava que os dias fossem semanas para poder descansar realmente dos 200 e muitos dias a trabalhar.
Os 9 a 15 dias que têm durado estas incursões pela África muçulmana não sabem a suficiente. Queria mais. Mas, como já disse, não dependo só de mim.
Acabo de revelar uma das minhas paixões, Marrocos. Prometo contar uma (ou até as 4) aventura pormenorizadamente. Por hoje é tudo

O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página. (Santo Agostinho)

2 comentários:

Anónimo disse...

Calor é sempre calor, independentemente do local. Também apanhei algum. Só não sei os valores. Quanto às histórias, espero que contes aquelas que envolvem o teu cunhado. O aka IT, pois claro...

Susana Vasconcelos disse...

Oi mano. Já não vinha cá há muito, como podes constatar... também não tenho tido muito tempo para estas andanças dos blogs.
Vim cá hoje para te deixar um beijão muito grande de Parabéns!!! Desejo que festejes este dia por muitos, muitos anos e que concretizes tudo com que sonhas... quem sabe também uma casita de férias em Marrocos! ;-)
Gostei muito do post, não fosse eu também uma "amante" de Marrocos. Nunca me canso de ir lá e faz-me bem à alma. A partir de agora vai ser mais difícil lá voltar... mas espero daqui a uns anos podermos rumar juntos a Marrocos para mais umas férias bem passadas!
E sim, tens razão, o calor suporta-se muito melhor lá do que cá. Nunca conseguiria aguentar, no Porto, 52 graus e no deserto do Erg Chebi consegui!
Beijocas e Bselama!
Susana+Mateus